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Entender a lógica do voto é o melhor remédio contra o “achismo”

Como o brasileiro utiliza do seu voto? O que faz a cabeça do eleitor? Prever o comportamento é o esporte favorito em anos eleitorais e existe método para conseguir isso?

Papo de botequim, roda de conversa na praia, recepção de consultório médico e até fila de supermercado. Não importa o lugar, ela é um assunto quase obrigatório: a Política.

E neste ano, em que teremos eleições gerais, a pergunta que todos tentam responder é: como o brasileiro vai votar?

Tem quem se baseie somente em pesquisas, tem os céticos, os que acreditam nos desígnios divinos e tem aqueles que utilizam uma série de dados e informações para formar sua opinião.

Curso desvenda mistérios da Ciência do Voto

No curso do Instituto Brasileiro de Pesquisa e Análise de Dados (IBPAD), o cientista político Pedro Mundim vai desvendar alguns mistérios sobre o que se convencionou chamar de Ciência do Voto.

Chamado “Entenda a Lógica do Voto”, é voltado para todos aqueles que se interessam por política e de como funciona o comportamento do cidadão na hora de decidir em quem vai votar.

“As teorias que estão dentro disso, que chamamos de ciência do voto, já conseguiram identificar certas características que, independente da localidade do indivíduo, vão ser capazes de prever como ele vai se comportar em diferentes eleições”, explica Mundin.

Os conhecimentos, portanto, não valem apenas para estas eleições, mas para todas. O que significa saber observar e traduzir o movimento do brasileiro de acordo com o que ele percebe na política nacional, regional ou local.

Voto: Em quatro anos, tudo pode mudar

O que “faz a cabeça” do eleitor? Economia? Emoção? Razão? Origem social? Ou tudo isso junto? O eleitor muda muito de ideia? Por que o que era importante numa eleição, quatro anos depois já deixou de ser e outro tema passou a ter mais importância para ele?

“Quatro anos, quando falamos o número quatro, parece pequeno. Mas, como estamos falando de sociedade e ela é dinâmica, quatro anos é muita coisa. Se pegarmos os últimos quatro anos, por exemplo, nós vivemos dois sob uma pandemia. Muita coisa aconteceu nesse período. É extremamente natural que, de uma eleição para outra, a gente tenha essas mudanças na percepção do eleitor”, afirma o professor.

Os meios de comunicação

Os efeitos dos meios de comunicação da decisão do voto também são estudados no curso, em suas mais variadas vertentes.

E se antigamente a televisão era o grande canhão de comunicação em campanhas eleitorais, hoje já se debate os impactos das redes sociais na força televisiva. Afinal, está chegando ao fim a era da TV?

“É um campo do conhecimento muito amplo, muito antigo e bastante produtivo do ponto de vista de elaboração de conhecimento e de evidências científicas dentro da ciência política”, conclui Mundim.