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Ciência do voto: 5 correntes teóricas que analisam o eleitor

O estudo do comportamento eleitoral envolve uma complexa ciência que busca compreender e explicar o os motivos que levam as pessoas a votarem da maneira que fazem: a ciência do voto.

O que você vai conferir:

Ciência do Voto
Correntes teóricas
2.1 Sociologia do voto
2.2 Psicologia do voto
2.3 Modelo economicista
2.4 Teoria da escolha racional
2.5 Teoria da inteligência afetiva
Vídeo - Entrevista IBPAD

Ciência do Voto

A Ciência do Voto se refere a um método científico existente, capaz de prever como as pessoas vão se comportar em futuras eleições.

São várias as correntes teóricas que, por cerca de 80 anos, vem sendo estudadas e analisadas de acordo com as realidades eleitorais de cada momento.

Apesar disso, nenhuma substitui a outra. Elas apenas são complementadas e estudadas através de diferente perspectivas, como explicou o professor Pedro Mundim no IBPAD Entrevista.

Correntes teóricas

Confira abaixo quais a correntes teóricas que têm sustentado a ciência do voto e entenda as semelhanças e diferenças entre elas:

Sociologia do voto

Essa corrente está desde 1944 estudando o comportamento do voto em relação ao grupo. Basicamente, o que ela faz é identificar as características do indivíduo em relação ao grupo a que ele pertence. Assim, é possível prever o comportamento nas sucessivas eleições

Psicologia do voto

Apesar de fazer uma análise similar à corrente anterior, a psicologia do voto afunila mais a perspectiva. A análise é feita focada no indivíduo dentro de um grupo, com base nas crenças e valores. Ao contrário da primeira, ela não define a pessoa por meio do grupo onde ela está inserida.

Modelo economicista

Nesse modelos, as perspectivas sociológicas e psicológicas são colocadas em segundo plano. Nele, a economia é importante para a decisão do voto. Esse modelo vai se atentar à capacidade do eleitor avaliar a gestão que está terminando, optando pela continuidade ou ruptura. É preciso considerar que a economia, o fio condutor de análise, é muito ampla em alguns casos, deixando essa análise limitada.

Teoria da escolha racional

Segundo o professor Mundim, a teoria da escolha racional não exclui a sociologia e a psicologia do voto da sua interpretação. Ela defende que a ideologia importa, sim, mas que na falta de afinidade ideológica, o que manda é a escolha racional. Lembrando que a racionalidade é aquilo passível de ser explicado por razões, sejam elas quais forem.

Teoria da inteligência afetiva

Ela traz uma análise emocional da situação. Mundim ainda desmistifica uma crença entorno dessa teoria que diz que uma pessoa precisa ser racional OU emocional. “Pelo contrário, a gente só consegue ser racional porque a emoção faz a gente ser”, explica.

Considerações finais

É fundamental conhecer as correntes teóricas que sustentam a ciência do voto para compreender da maneira mais adequada as pesquisas eleitorais.

Se você se interessa pelo tema, recomendamos o curso A Ciência do Voto. Ele também o ministrado pelo professor Mundim, que é professor de ciência política da Universidade Federal de Goiás.

Confira abaixo o conteúdo completo da IBPAD Entrevista com o professor Pedro Mundim: